sábado, 30 de maio de 2020

Autismo - como é feito o diagnóstico

Como é feito o diagnóstico

A AMA, sempre que solicitada, indica que o diagnóstico de autismo seja feito por um profissional com formação em medicina e com experiência clínica de vários anos diagnosticando essa síndrome.
'Embora, um psicólogo experiente possa detectar os sinais do espectro autista, o diagnóstico final deverá ser efetuado por um psiquiatra ou neurologista. O que não impede que o psicólogo possa em sua clínica dar os passos necessários para iniciar um tratamento com uma intervenção educacional que estimule esta criança a atingir seu potencial máximo. E, então, encaminhar os pais e a criança a um médico que confirme o "pré-diagnóstico" dado por ele.'
O diagnóstico de autismo é feito basicamente através da avaliação do quadro clínico. Não existem testes laboratoriais específicos para a detecção do autismo. Por isso, diz-se que o autismo não apresenta um marcador biológico.
Normalmente, o médico solicita exames para investigar condições (possíveis doenças) que têm causas identificáveis e podem apresentar um quadro de autismo infantil, como a síndrome do X-frágil , fenilcetonúria ou esclerose tuberosa. É importante notar, contudo, que nenhuma das condições apresenta os sintomas de autismo infantil em todas as suas ocorrências.
Portanto, embora às vezes surjam indícios bastante fortes de autismo por volta dos dezoito meses, raramente o diagnóstico é conclusivo antes dos vinte e quatro meses, e a idade média mais frequente é superior aos trinta meses.
Para melhor instrumentalizar e uniformizar o diagnóstico, foram criadas escalas, critérios e questionários.
O diagnóstico precoce é importante para poder iniciar a intervenção educacional especializada o mais rapidamente possível.
A AMA alerta que há graus diferenciados de autismo e que há, em instituições especializadas (como a própria AMA), intervenções adequadas a cada tipo ou grau de comprometimento.
E, ainda, a especialidade da AMA não é apenas a intervenção em crianças com diagnóstico de autismo, mas também a intervenção em crianças com atrasos no desenvolvimento relacionados ao autismo.

Instrumentos para diagnosticar o autismo

Existem vários sistemas diagnósticos utilizados para a classificação do autismo. Os mais comuns são a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, ou CID-10, em sua décima versão, e o Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, ou DSM-IV. (na data da presente obra ainda não existia o DSM-V)
No Reino Unido, também é bastante utilizado o CHAT (Cheklist de Autismo em Bebês, desenvolvido por Baron-Cohen, Allen e Gillberg, 1992), que é uma escala de investigação de autismo aos 18 meses de idade. É um conjunto de nove perguntas a serem propostas aos pais com respostas tipo sim/não.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Texto retirado do livro 'Autismo/ Guia prático/2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário