quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Pobreza do momento em que se vive ...

(Adaptação de texto do livro "O Aprendizado da Força", Virgínia Cavalcanti- cap. 10 pág. 32)

.... As pessoas se revelam nuas diante do espetáculo da brutalidade e os caracteres se revelam, no mínimo, foscos. É tudo muito sem cor, tudo muito pardo, e existe em tudo um desalento maior do que a vida apresentada, que fica difícil atravessar este desonroso momento de ser gente.Há quem se console nas mentiras. Há quem tente sobreviver nas traições. Outros negam, se acomodam até à \Morte da coragem, como se houvesse ainda espaço para o faz-de-conta. ....
Quem nos recolhe depois do vendaval se estamos afundados em nossos próprios restos? Quem cata os frangalhos de nossas esperanças suadas e as põe um qualquer varal para secar?
...
Ah, minhas amigas mãos estão aqui a pesquisar palavras que descrevam o absurdo, o não dar conta do absurdo que assola o (país) ser  anestesiado pelo Nada.

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